Por Ana Caroline
São Paulo, 30 de setembro - Assim como em 2018, as eleições deste ano não poderiam
deixar de pautar a importância do voto para dar a continuidade na jovem
democracia do Brasil. Muito se fala do voto útil e terceira via para combater a
polarização que enfrentamos nos últimos anos. Os debates acalorados nas redes
sociais apontam diversas visões sobre o momento histórico que estamos
vivenciando, mas, apesar de parecer, a escolha é muito mais simples do que
imaginamos.
De um lado temos o atual presidente que ameaça a democracia, ataca a imprensa e incentiva atitudes preconceituosas sem nenhum pudor e vergonha. Do outro, temos um candidato que respeita a democracia, mesmo quando ela o ataca, o prende e o condena, aceitando as consequências das atitudes e escolhas feitas por terceiros no momento. O que seria mais fácil realizar no futuro: enfrentar um presidente que apoia o golpe de Estado ou um Presidente que desce a rampa do Planalto quando envolvido em um processo de impeachment, mesmo considerando injusto?
É muito mais fácil cobrar e fiscalizar um candidato que não
ataca a imprensa e respeita a liberdade de expressão, -mesmo quando o ofenda,
constrange e inventa fake news - do que impedir um golpe militar. Primeiro,
precisamos nos livrar do mal maior, que colocou o país novamente no mapa da
fome, sucateou programas sociais e negligenciou milhões de vidas quando não
levou uma pandemia global com a devida seriedade. Não estamos com opção de
escolher o melhor para o momento, pelo contrário, devemos usar o nosso direito
ao voto para escolher o menos pior, pois, sabemos que "o que tava ruim,
pode piorar" é real. É quase um conhecimento milenar.
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