30 de setembro de 2022

Editorial

Por Ana Caroline

São Paulo, 30 de setembro - Assim como em 2018, as eleições deste ano não poderiam deixar de pautar a importância do voto para dar a continuidade na jovem democracia do Brasil. Muito se fala do voto útil e terceira via para combater a polarização que enfrentamos nos últimos anos. Os debates acalorados nas redes sociais apontam diversas visões sobre o momento histórico que estamos vivenciando, mas, apesar de parecer, a escolha é muito mais simples do que imaginamos.

De um lado temos o atual presidente que ameaça a democracia, ataca a imprensa e incentiva atitudes preconceituosas sem nenhum pudor e vergonha. Do outro, temos um candidato que respeita a democracia, mesmo quando ela o ataca, o prende e o condena, aceitando as consequências das atitudes e escolhas feitas por terceiros no momento. O que seria mais fácil realizar no futuro: enfrentar um presidente que apoia o golpe de Estado ou um Presidente que desce a rampa do Planalto quando envolvido em um processo de impeachment, mesmo considerando injusto?

É muito mais fácil cobrar e fiscalizar um candidato que não ataca a imprensa e respeita a liberdade de expressão, -mesmo quando o ofenda, constrange e inventa fake news - do que impedir um golpe militar. Primeiro, precisamos nos livrar do mal maior, que colocou o país novamente no mapa da fome, sucateou programas sociais e negligenciou milhões de vidas quando não levou uma pandemia global com a devida seriedade. Não estamos com opção de escolher o melhor para o momento, pelo contrário, devemos usar o nosso direito ao voto para escolher o menos pior, pois, sabemos que "o que tava ruim, pode piorar" é real. É quase um conhecimento milenar.

 

 

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